O quê que acontece quando percebes que as coisas que ultimamente tens conseguido realizar de forma tão eficiente e tão incrivelmente bem, não são as coisas que te trazem satisfação? O quê que fazes quando sentes que não consegues por-te toda, dar-te toda, porque não estás satisfeita? O quê que acontece quando vires a tua insatisfação para os outros?
Para quê vintes a matemática se não pego numa folha de papel e coloco lá parte de mim há meses? Para fazer o que quero em setembro do próximo ano. Mas quem quero ser, desenha e sorri mais. Quem me disse que este último ano ia ser o melhor, enganou-me, mas não se preocupem que não estão errados, acho, sinceramente, que sou excepção à regra.
Este post pode vir a soar algo pretensioso ou pode irritar alguém, portanto aqui têm as minhas desculpas desde já. Nunca trabalhei tanto para Matemática como este ano e esperava sinceramente um 20 no teste, dado que tinha justificado tudo o melhor que pude e ter a consciência que tinha resolvido 1001 exercicios, ou sejo, todos e mais alguns. Consegui o 20. O que me baralhou, foi o facto de ter ficado extremamente nervosa depois de a professora-me o entregar com um sorriso e parabéns! e eu ficar a olhar para aquele 20 e aquela folha de teste perfeita.
Percebi que o trabalho realmente compensa. Que devia ter trabalhado todo o secundário, nem que fosse metade do que trabalho agora. Acho que foi isso que me deixou tão nervosa, do 20 só se anda para baixo e o ano passado passei de um 18,5 para um mísero 10 no intermédio. E percebi que, se trabalhar, posso ter a média que quero e até ter a porta aberta para Medicina, embora não me apanhem lá nem morta. E, por um lado, estou extremamente entusiasmada com esta nota, e por outro, só me apetece ir esconder-me no peito do meu homem e rir um bocadinho de forma nervosa. Depois também me atingiu, tenho boas notas, um rapazinho excelente, três ou quatro pessoas que adoro e tudo o resto são desculpas. Para quê andar concentrada nas desculpas e andar com um sorriso triste de vez em quando?
Para além do computador avariado, do trabalho perdido, alguém, muito querido, experimentou tentar entrar no meu email e conseguiu ter a paciência de errar a password tantas vezes e o bloquear. Obrigada universo.